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Há exatamente 8 anos, naturalmente fui conduzida a tomar a atitude mais transformadora da minha vida: me tornar vegetariana.
Essa mudança se deu a partir da reflexão do impacto que o alimento que ingiro causa dentro e fora de mim. Até então eu nunca tinha me questionado a respeito.
O que me fez tomar essa decisão, em primeiro momento, foi pensar e sentir o sofrimento que uma alimentação a base com carne causa aos animais. E em como comê-los seria como comer à minha própria família, pois assim os sentia.
Passou o tempo e percebi que não adiantava me alimentar considerando somente a questão do sofrimento animal. A minha alimentação também deveria levar em consideração o meu próprio bem estar. Portanto, deveria ser saudável.
Neste momento, comecei a me despedir de enlatados, refinados, condimentados e açucarados. Ao mesmo tempo, iniciou-se a busca pela alimentação que agregasse saúde e ética: integrais, frescos, nutritivos, orgânicos, vegetarianos...
E sabe onde melhor encontrei o produto final que se enquadrasse ao meu novo estilo de vida? Na minha cozinha. Cozinhando.
Chegou a hora arregaçar as mangas, amarrar o cabelo, colocar o avental e mãos à obra!
Fui então sendo arrebatada por este local que despertava os meus lados criativo, matemático e científico. Ao mesmo tempo em que estimulava os meus sentidos: o paladar, hummmm; o olfato, com os aromas que exalavam da panela; o tato, ao manusear a massa de pão; a audição, para saber o momento exato de desligar a panela; e a visão, para montar pratos de se comer com os olhos.
Que lugar mágico que é a cozinha! E que delícia que é comer o que se prepara, do jeitinho que a gente gosta!
Continuando a minha estrada de descobertas, me deparei com estilos de alimentação que prometiam e que de fato faziam muito bem à muita gente. Mas, infelizmente, não a mim.
Descobri, através da ciência milenar do Ayurveda que, mesmo o alimento sendo saudável, cada ser é único, e o que faz bem o para uns, pode fazer mal para outros. Mas que algumas coisas são básicas para todos: que quanto mais natural, fresca e consciente, e menos processada e industrializada for a alimentação, mais saudável será.
Nesses 8 anos, o conceito "alimentação ideal" mudou inúmeras vezes. O que não mudou foi o desejo de conhecer e aplicar a maneira mais adequada de me alimentar, levando em consideração a saúde, o equilibrio e o bem-estar do nosso corpo, do meio ambiente e dos seres que nos cercam.
E com vocês compartilho os frutos desse estudo. Sirvam-se à vontade.
Sejam bem-vindos!